Produção de embalagens diminui no pós-pandemia
embalagens

Consumidores de embalagens voltam a hábitos tradicionais após demanda alta por produtos em casa durante isolamento social

O valor bruto da produção de embalagens no Brasil atingiu o montante de R$ 123,2 bilhões em 2022, crescimento de 3,9% em relação a 2021, de acordo com estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), embora a indústria tenha apresentado retração de 4,5% nos volumes produzidos de um ano para o outro. O plástico é o material mais usado, presente em um terço das embalagens. Embalagens metálicas e de papelão ondulado têm cerca de 20% de participação cada.

“O desempenho da indústria de embalagens está ligado ao das principais indústrias de bens de consumo”, diz Luciana Pellegrino, diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Segundo a executiva, 70% das embalagens produzidas são voltadas para acondicionar esses bens.

Pellegrino analisa a queda na produção como um reflexo do arrefecimento da pandemia, com alta na procura por serviços em detrimento do comércio. “Entendemos que a retração em relação a 2021 ocorreu porque as pessoas estão saindo mais de casa [em 2022], voltaram a consumir em bares e restaurantes, a frequentar academias e cursos, retomaram as viagens. Naturalmente, diminuiu o consumo de produtos embalados, com o retorno ao estilo de vida mais tradicional.”

Importações de embalagens em 2022 movimentaram um total de US$ 648,4 milhões, representando um decréscimo de 8% em relação ao ano anterior. O dado teria relação também com a volta à normalidade no consumo, já que ao longo da pandemia foi necessário trazer de fora embalagens em volume suficiente para suprir o intenso mercado nacional de compras on-line.

Para Pellegrino, houve uma acomodação dos números em patamares realistas, e o momento é propício para direcionar mais ações de sustentabilidade. “Já temos diretrizes para orientar o descarte. Estamos olhando para a reutilização e a logística reversa, além de conduzir pesquisas para pensar sobre o design da embalagem, que precisa ser sustentável desde a concepção, considerando todo o ciclo de vida”, afirma a diretora da Abre. A entidade lançou no final de maio o programa Lupinha, que oferece, por meio de um código QR gravado na embalagem, informações sobre o produto, desde dados de composição e nutricionais até instruções para descarte correto e reciclagem.

Veja a matéria completa na íntegra: Valor Econômico 

 

 

 

 

Embala Nordeste Feira
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.