Para o Instituto de Embalagens, a indústria está se adaptando rapidamente para atender tendências internacionais que podem ser divididas em quatro grandes grupos: saúde e bem-estar, estilo, conveniência e sustentabilidade.
O mercado de embalagens está em constante evolução, impulsionado por inovações tecnológicas e mudanças no comportamento dos consumidores, que está cada vez mais crítico e atento. Isso impacta toda cadeia de desenvolvimento, definindo novos produtos, jornada de compra e experiência dos consumidores.
Segundo o Instituto de Embalagens, a indústria brasileira está se adaptando rapidamente para atender essas demandas e tendências que já são internacionalmente aplicadas. “Como exemplo da tendência de saúde e bem-estar do consumidor, no nosso país as embalagens a vácuo são muito utilizadas para ampliar o shelf-life (prazo de validade) dos alimentos. Já as embalagens monodoses são adotadas para oferecer praticidade e conveniência. Embalagens com conteúdo reciclado ou com peso reduzido promovem a economia circular e o consumo consciente. Esse desenvolvimento deve considerar o mercado local, as regulamentações ambientais e as preferências dos consumidores brasileiros”, destaca Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens.
Essas tendências podem ser divididas em quatro grandes grupos: saúde e bem-estar, estilo, conveniência e sustentabilidade.
A tendência ligada à saúde e ao bem-estar significa a busca por produtos mais naturais, uma alimentação saudável, suplementos alimentares, conforto e equilíbrio mental e emocional. Além disso, os consumidores estão cada vez mais preocupados com a segurança alimentar e bem-estar físico e mental.
Quando falamos de estilo, embalagens atrativas e que promovem experiências sensoriais fazem a diferença. A Diretora do Instituto de Embalagens, Assunta Napolitano Camilo, ressalta ainda que além de glamour e status é preciso que as embalagens resgatem histórias e memórias afetivas. Segunda ela, embalagens que encantam e engajam, tornam seus consumidores fãs da marca.
Segundo um estudo da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), entre produtos semelhantes, o consumidor tende a escolher aquele que possui a embalagem mais atraente e prática. Por isso, embalagens práticas e convenientes, com tampas abre fácil, ergonômicas, uso de tecnologia e de plataformas inteligentes promovem interação. O consumidor pede cada vez mais produtos que se adaptem às exigências e proporcionem eficiência à rotina.
A preocupação com a questão ambiental tem crescido à medida que as informações sobre o avanço do problema são compartilhadas e reconhecidas pelos consumidores. Dentro da sustentabilidade, eles buscam opções como produtos orgânicos e marcas que adotem práticas ESG responsáveis. Sobre esta tendência, a especialista faz uma ressalva importante.
“A sustentabilidade transcende tendência e se transforma em preocupação real dos consumidores com os efeitos do aquecimento global. Porém, é preciso lembrar que grande parte dos consumidores precisa antes saciar a fome, depois resolver questões de saúde, para então se preocupar com o consumo e fatores ligados ao meio ambiente. Digo isso porque, segundo a pirâmide de hierarquia das prioridades de Maslow, quem tem fome vai pensar em como saciá-la antes de qualquer outra coisa. Desta forma, temos que ser honestos e práticos para entender que a maior preocupação humana ainda deve ser saciar a fome mundial, seguida pela solução das doenças ou a questão da saúde. Só assim a sociedade poderá pensar no bem-estar geral do planeta”, diz a Diretora.
Para Assunta, entender essas tendências é fundamental para as empresas de produtos de consumo, já que quanto mais as embalagens atendem essas demandas, maiores são as chances de sucesso nas gôndolas.