Duas grandes empresas respectivamente em seus setores de infraestrutura energética e mobilidade, a Neoenergia e o Grupo CCR, firmaram um acordo pelo qual a CCR passará a ser sócia em três usinas do complexo eólico Neoenergia Oitis, localizado no Piauí. Este é o primeiro projeto na modalidade de autoprodução do Grupo CCR e inclui o acesso à energia produzida pelas usinas Oitis 2, Oitis 4 e Oitis 6. A energia gerada pelas eólicas irá atender 60% da demanda atual da companhia.
O acordo integra o compromisso assumido pelo Grupo CCR de ter 100% dos seus ativos abastecidos por fontes renováveis de energia até 2025, objetivo que foi alcançado já este ano com uma estratégia que incluiu a migração de ativos para o mercado livre, a compra de IRECs e investimentos em geração solar distribuída.
A parceria com a Neoenergia irá sustentar o cumprimento desta meta nos próximos anos. Além de promover o acesso à energia limpa, o negócio mitiga a exposição da CCR a riscos relacionados à oscilação de preços no mercado livre de energia.
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“O Grupo CCR é, atualmente, um dos 50 maiores consumidores de energia elétrica do país e vemos os investimentos em fontes renováveis como um pilar fundamental em nossa estratégia de redução da pegada de carbono das nossas operações, liderando a agenda de sustentabilidade no setor de infraestrutura de mobilidade do Brasil. Ter um parceiro com a solidez da Neoenergia ajuda a trazer confiabilidade e credibilidade para a nossa jornada de descarbonização e sustentabilidade”, afirma Pedro Sutter, vice-presidente de Sustentabilidade, Risco e Compliance do Grupo CCR.
Já a Neoenergia acredita que a eletrificação da economia é um caminho sem volta para o processo de descarbonização no Brasil e no mundo. A geração de energia renovável está no DNA da companhia, e esta operação reforça o seu compromisso com os objetivos ESG.
“O Grupo CCR é uma referência em mobilidade e esta parceria vem apoiar a jornada de descarbonização da empresa, por meio da associação de duas marcas líderes em direção à transição energética. Além da previsibilidade dos custos para a CCR, sob a ótica da Neoenergia, nos garante estabilidade de receita de longo prazo com adequada rentabilidade. Essa estratégia reforça os compromissos da empresa com os investimentos no parque gerador renovável e atende à nossa estratégia de impulsionar um futuro energético mais limpo e eficiente para todos”, afirma Hugo Nunes, diretor executivo de Negócios Liberalizados da Neoenergia.
Complexo do Oitis
A Neoenergia Oitis é um complexo eólico formado por 12 parques, localizados entre os estados do Piauí e da Bahia, com 103 aerogeradores de 5,5 MW cada, totalizando uma capacidade instalada de 566,5 MW, o suficiente para abastecer uma cidade com 2,7 milhões de habitantes.
Os 12 parques ocupam uma área de 2,1 milhões de m2 — seis vezes o tamanho do Maracanã. Cada um dos aerogeradores tem 125 metros de altura, o equivalente a um prédio de 40 andares, e suas bases contam com uma estrutura de 79 toneladas de aço e concreto composto por 22 toneladas de cimento e 1.000 t de cascalho e areia.
Atualmente, a Neoenergia possui 44 parques eólicos em operação nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba, com capacidade instalada de 1.389 MW.
Neutralidade carbônica do Grupo CCR
O compromisso de neutralidade carbônica faz parte da Ambição 2035 do Grupo CCR. Nesta visão de longo prazo, a atuação em ESG da Companhia está organizada em cinco pilares, sendo que um deles é a redução da pegada ambiental e do risco climático.
Recentemente, a Companhia realizou a sua primeira compra de crédito de carbono, ao adquirir 67 mil toneladas de créditos gerados pela PSA Carbonflor, metodologia aplicada no Legado das Águas, a maior reserva privada de Mata Atlântica do País, administrada pela Reservas Votorantim.
Em 2023, a Companhia foi a primeira empresa do setor de infraestrutura de mobilidade do Brasil a ter as suas metas aprovadas SBTi, se comprometendo a diminuir em 59% das emissões de CO2 nos escopos 1 e 2 e de 27% no escopo 3 até 2033, em relação ao ano-base de 2019. Este ano, dando um passo além, foi a primeira assumir o compromisso de neutralidade carbônica dos escopos 1 e 2 até 2035.