Mega Lobster foi projetado para atender a big techs, provedores de conteúdo e operadoras em aplicações de inteligência artificial, computação em nuvem e machine learning
Entrou em operação nesta quinta-feira (23), em Fortaleza (CE), o Mega Lobster, novo data center da Tecto, que se consolida como o maior do Nordeste e o terceiro complexo da empresa na capital cearense. O investimento supera R$ 550 milhões e amplia o papel do Ceará como hub digital da América Latina, ao reunir conectividade internacional e infraestrutura de processamento de dados em larga escala.
Localizado na Praia do Futuro, o Mega Lobster foi projetado para atender a big techs, provedores de conteúdo e operadoras em aplicações de inteligência artificial, computação em nuvem e machine learning. O empreendimento tem 20MW de potência total, distribuídos em 10 data halls, com 13 mil m² de área construída. A primeira fase, já em operação, oferece 4MW de potência e capacidade para até 100 racks por sala.
O projeto também aposta em soluções sustentáveis, com uso de energia 100% renovável e um sistema de refrigeração air cooling com circuito fechado, que elimina o consumo de água. A construção foi concluída em apenas 12 meses.
Com o novo data center, a Tecto já soma mais de R$ 750 milhões investidos e 750 empregos diretos e indiretos gerados em Fortaleza. A empresa, que pertence à V.tal, também opera o Big Lobster e outro centro de dados na cidade. O complexo está integrado à estação de cabos submarinos (CLS – Cable Landing Station) e ao PIX central do Ceará, que concentra o segundo maior volume de tráfego de internet do país.
Durante a inauguração, o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, destacou o avanço da infraestrutura digital no país e o papel do governo na formulação da Política Nacional de Data Centers. A proposta, que passou por consulta pública neste mês, busca atrair investimentos, garantir segurança jurídica e promover sustentabilidade no setor.
Segundo o ministro, o Brasil já ocupa a 12ª posição no ranking global de data centers, com 195 instalações em 17 estados, empregando quase 2 milhões de pessoas. O segmento deve movimentar US$ 3,5 bilhões por ano até 2029, impulsionado por programas como o Redata, que prevê R$ 5,2 bilhões no Orçamento de 2026 para incentivar novos empreendimentos, especialmente fora do eixo Sul-Sudeste.
O CEO da Tecto, José Miguel Vilela, afirmou que o país vive um momento estratégico: “O processamento de dados virá cada vez mais para o Brasil. Estamos diante da consolidação de uma verdadeira indústria de data centers, impulsionada por capacidade técnica e infraestrutura robusta.”
Com seis unidades em operação — três em Fortaleza, uma no Rio de Janeiro e duas em Barranquilla, na Colômbia —, a Tecto integra uma rede que conecta o Brasil a seis países: Argentina, Bermudas, Chile, Colômbia, Estados Unidos e Venezuela. // *Com informações do Ministério das Comunicações
Fonte: Revista NE


