O Nordeste, que já figura como um polo de energia renovável, deve manter protagonismo no setor, segundo Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste (BNB).
Ao Dinheiro Entrevista, o presidente do BNB destaca que o banco segue atuando como um grande financiador do segmento e que a instituição enxerga a região como a mais promissora do país, tanto energia solar quanto energia eólica.
“A região Nordeste é a região com maior potencial. Sol e vento de qualidade, no Brasil, os melhores locais ficam no Nordeste. Isso nos dá certeza de que os investimentos vão chegar. Nos preparamos para atender todo mundo que queira investir nesse segmento. Muitas vezes temos que diminuir os percentuais de cada empreendimento para chegar a todos, mas fazemos questão de chegar a todos”, afirma.
A 16ª edição da EMBALA NORDESTE já tem data marcada no Centro de Eventos do Ceará: 5 e 6 de agosto de 2025
Paulo Câmara, ainda enquanto governador do Estado do Pernambuco, liderou iniciativas para promover a energia solar durante seu mandato. Ainda em 2015, lançou o programa PE Solar, destinado a incentivar micro, pequenas e médias empresas a adotarem sistemas de energia fotovoltaica.
Em 2019, durante sua gestão, foi anunciado um investimento de R$ 3,5 bilhões para a construção do maior complexo solar fotovoltaico do Brasil, localizado em São José do Belmonte.
Além disso, o atual presidente do Banco do Nordeste também, à época, desempenhou um papel ativo no Consórcio Nordeste, promovendo ações conjuntas entre os estados para impulsionar o desenvolvimento do segmento, contribuindo para que a região Nordeste se destacasse na produção de energia solar e eólica, sendo responsável por 82,3% da geração nacional dessas fontes, com uma capacidade instalada de quase 30 gigawatts (GW), representando mais de 15% da capacidade total de produção de energia elétrica do país, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Expansão e novos recordes
Ainda que com números recordes e bilhões em concessão de crédito, o BNB tem conseguido manter os patamares de inadimplência em nível controlado. Câmara revela que a inadimplência foi a menor da história do banco ainda que com essa expansão relevante na carteira de crédito e nas concessões.
“O banco tem seus padrões, suas normas, seus comitês de risco. Eles nos mostram a forma de fazer negócios que deem a segurança. Tivemos número recorde de contratação, de R$ 61 bilhões, tivemos recorde de desembolsos e lucro recorde de R$ 2,3 bilhões – e mesmo assim tivemos um dado que nos dá a segurança que estamos no caminho certo, da menor taxa inadimplência da história do banco, de 1,8%”, conta.
Desta forma, o banco tem crescido ‘de forma organizada’, segundo Paulo Câmara.
O BNB tem mantido o foco no microcrédito e o otimismo para 2025 é renovado por conta de um incremento no Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) de 18,5%.
Há anos o microcrédito no BNB é operado por dois programas – o Crediamigo, voltado para a área urbana, e o Agroamigo, para área rural – que juntos são considerados a maior experiência em microfinanças da América Latina.
Confira a reportagem completa no site da Isto É Dinheiro.