Projeto do bilionário Mário Araripe, da Casa dos Ventos, é um dos empreendimentos mais ambiciosos do País
Ainda pairam dúvidas sobre o megaprojeto tecnológico de R$ 50 bilhões para a instalação de um gigantesco data center no Complexo do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará. Mas é fato que o ambicioso empreendimento vem fisgando a atenção do mercado, não só localmente, mas, diante de sua magnitude, também em âmbito nacional.
O projeto ganhou a atenção da mídia brasileira principalmente com o enfoque dado ao TikTok, controlado pela ByteDance, que, conforme rumores de mercado, seria potencial parceiro do negócio. Mas a participação da companhia estrangeira ainda não está confirmada e tampouco descartada.
Quem assina o empreendimento é a Casa dos Ventos, do visionário cearense Mário Araripe, detentor de uma das maiores fortunas do Nordeste. O nome dá peso, credibilidade e lastro financeiro à iniciativa.
Sem oba-oba (por enquanto)
Mas convém adotar um tom cauteloso em relação ao projeto. Este colunista já cobriu, desde a década passada, lançamentos e anúncios de megaempreendimentos no Ceará que jamais se concretizaram. Para citar apenas os que saltam de imediato à memória: a famigerada Refinaria Premium II, da Petrobras, que nunca passou de um fantasma; e a colossal Portocém, uma térmica bilionária que chegou a ter evento com lançamento de placa e acabou ficando apenas na promessa.
Por óbvio, vários outros tornaram-se realidade, portanto, o ultra data center merece, no mínimo, o benefício da dúvida, mas, por enquanto, contenhamos o oba-oba.
Dinheiro muito
A cifra bilionária, anunciada pelo próprio Araripe no ano passado, merece atenção. Nunca o Ceará recebeu um investimento de tamanha envergadura. Nem mesmo os memorandos de usinas de hidrogênio verde, que estão apenas no papel, alcançam individualmente o valor.
O projeto da australiana Fortescue, para comparação, prevê de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões, ainda muito distante dos R$ 50 bi do complexo de armazenamento de dados da Casa dos Ventos.
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