Os primeiros quatro meses do ano passaram longe de serem positivos para a indústria mineira de plástico. O setor, que transforma a matéria-prima em produtos variados e para diversos fins, viu a demanda despencar cerca de 25% neste início de 2023 em relação ao mesmo período de 2022. E os resultados ruins não devem parar por aí.
É o que afirma a presidente do Sindicato da Indústria do Material Plástico do Estado de Minas Gerais (Simplast), Ivana Braga. Segundo ela, a procura por artigos e embalagens de plástico vem caindo consideravelmente desde janeiro, sendo a queda mais acentuada nos meses de março e abril.
“A indústria do setor de plástico está sofrendo um momento delicado, mas isso é um reflexo do abastecimento geral do mercado. Houve uma retração em todos os setores. Como o plástico é utilizado em embalagens, insumos, na área hospitalar e até no consumo de produtos de higiene e uso pessoal das residências, houve uma queda considerável”, disse.
Conforme a dirigente, a perspectiva para 2023 não é otimista, como já era esperado. Ela enfatiza que, com certeza, haverá um resultado negativo no período. Isso porque, em 2022, a indústria de plástico apresentou sinais de melhora e alavancagem. Entretanto, uma série de fatores, como políticas econômicas, indisponibilidade de financiamentos para investimentos e insegurança política afetaram o desempenho, não só do setor, como da economia em geral.
Apesar de todos esses elementos, Ivana Braga diz que os custos de produção se mantiveram razoáveis. Segundo ela, o setor sofreu com alguns impactos devido a reajustes de energia e dissídios coletivos, porém os preços dos insumos não apresentaram grandes variações. O motivo é justamente a baixa demanda e o mercado não aceitar qualquer tipo de repasse.
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