A partir de julho entra em vigor nova rotulagem para embalagens de café; Para o Instituto de Embalagens, essa mudança é essencial na orientação dos consumidores
Com alterações aprovadas em 2023, os padrões de classificação para o café torrado comercializado no Brasil, estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a partir da portaria 570, devem entrar em vigor a partir de julho deste ano. Com um ano e meio para se adequar, a indústria nacional pretende aumentar o consumo interno de sacas de café – em 2023, foram mais de 21 milhões de sacas de 60kg, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café. Mudanças poderão ser percebidas nas embalagens do café torrado.
Com o objetivo de monitorar a qualidade do produto entregue aos consumidores, os novos rótulos buscam garantir a qualidade do café torrado. Algumas mudanças poderão ser percebidas diretamente pelo consumidor, já que estarão expostas nas embalagens, como: a tipo de café, o ponto de torra e a denominação “fora de tipo”, caso o produto não consiga atingir os padrões mínimos de cafeína, extrato aquoso e a nota de qualidade global da análise sensorial oficialmente estabelecidos.
E como isso impacta o consumidor?
Na análise da diretora do Instituto de Embalagens, Assunta Napolitano Camilo, as alterações nas embalagens são importantes para melhor direcionar o consumidor. “A rotulagem de embalagens de café desempenha um papel essencial na orientação dos consumidores, fornecendo informações importantes sobre a origem, qualidade, frescor e características nutricionais do produto, permitindo que façam escolhas de acordo com suas preferências e necessidades individuais”, destaca a diretora.
Assunta ainda ressalta que a indústria, principalmente no setor de alimentos, precisa caminhar para se conectar com as necessidades dos consumidores.
“Os consumidores estão cada vez mais interessados em saber o que estão consumindo e de onde vêm os produtos. Rótulos claros que fornecem informações detalhadas sobre os ingredientes, processos de fabricação, origem e impacto ambiental do produto ajudam a satisfazer essa demanda por transparência. As empresas têm que investir em rotulagem transparente e informativa, fornecendo detalhes sobre os produtos que vão além dos requisitos regulatórios mínimos”, informou.
A responsabilidade pela venda de produto adulterado será compartilhada entre os produtores de café e o varejo. Na prática, essa medida deve coibir a venda de produtos irregulares e elevar o padrão de qualidade do café.
“Examine cuidadosamente a embalagem e os rótulos dos produtos em busca de sinais de autenticidade, como logotipos, hologramas, códigos de barras, selos de qualidade e certificações. Preste atenção em qualquer sinal de adulteração, como embalagens danificadas, rótulos mal impressos ou selos ausentes”, indica Assunta.
Os consumidores estão cada vez mais interessados na história por trás do café que consomem. A nova rotulagem das embalagens é uma oportunidade para explorar o design para destacar a origem do café, incluindo informações sobre a região de cultivo, fazenda ou cooperativa, e as histórias por trás da produção.
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“A sustentabilidade das embalagens é uma tendência crescente, com marcas optando por materiais de embalagem recicláveis e que usem reciclados, bem como por embalagens reutilizáveis”, observa Assunta.
Além disso, segundo ela, a segurança com o uso de tampas mais seguras ou com lacres evidentes, bem como a conveniência de tampas que permitem o refechamento, e embalagens que após podem ser utilizadas para outros fins. são outros fatores que impactam na escolha dos consumidores.